Um Passeio no Parque
Dia ensolarado,
Daqueles que ardem a pele,
Céu azulado,
Ótimo para diversão de pedestres.
Caminhando naqueles calçamentos,
Crianças rindo com seu geladinhos,
Pessoas guardando o carro no estacionamento,
Bebês circulando em seus carrinhos.
Dois garotos jogam bola,
O sonho de se tornar craque,
Ali poucos pensam em escola,
O importante é aproveitar o parque.
Um quiosque vende de tudo,
Desde os refrigerantes enlatados,
Até sanduíches vegetarianos e sucos,
Sem contar o sorvete hiper gelado.
Mulheres desfilam com saias curtas,
Expondo as pernas viçosas sob a luz do sol,
Mamães cuidam da cria com ternura,
Papais de olho na tv que transmite o futebol.
Um garotinho de bicicleta,
Demonstra o perfil homicida,
Do motorista que tudo atropela,
E dá risadas de suas vítimas.
Uma senhora gorda engasga,
Tenta beber água de coco,
Para ver se o miolo desentala,
Um daqueles baita sufocos.
Alguns velhos jogam xadrez,
Mesinha com o desenho no tampo,
Parece um piso de maçonaria talvez,
As peças indo e vindo com encanto.
Uma menina cai do balanço,
Engole um pouco de terra,
Uns esfolados seguido de pranto,
Logo os pais chegam e ela sossega.
Apesar dos avisos de proibição,
Sempre algum animal burla a segurança,
Os cães não ligam para tal instituição,
São vira-latas e sabem viver com pujança.
Um guarda segura firma o cassetete,
Parace ansioso para utilizar o instrumento,
Mas seu dia-a-dia é muito mais leve,
No máximo um flerte como divertimento.
Os casais criam as grandes expectativas,
Com ardil de piqueniques,
Procuram se aventurar em investidas,
Muitas vezes chamadas de sem-vergonhice.
Uns grupinhos de moleques,
Tentam simular a atmosfera praiana,
Com a areia criam formas inertes,
Depois desmancham sem ganância.
Os namorados aproveitam o clima,
O ambiente propício ao romantismo,
Beijos e inscrições nas árvores, é tudo alegria,
Observa-se até suspiros e um certo lirismo.
Os excessos ocorrem,
Seja por causa de uma bebedeira,
Acometidos por má sorte,
Vez o outra existe assunto pras fofoqueiras.
Sentado numa clareira,
Sob a iluminação do dia claro,
Um jovem lê com leveza,
Nem se dá conta de quem está ao lado.
Uma mulher de cabelos cor de cobre,
Tenta proteger o sorvete de abelhas,
Entre uns tapas e outras obteve sorte,
Voltando a tomar o que seria sua saideira.
As conversas são diversas,
Desde atritos familiares,
Discutidos naquele atmosfera,
Até conculsivos celulares.
A luz de uma fonte no centro,
Criava um arco-íris singelo,
Alguém tentou registrar o momento,
A foto não focou no objeto.
Uma idosa escarra e cospe secamente,
No mesmo instante uma mosca,
Acaba sendo alvejada acidentalmente,
Pela alça de uma desajeitada bolsa.
Num tropeço um magrelo reclama,
Deu uma topada numa pedra,
Por estar acompanhado de uma dama,
Apenas pensou mas não disse: - Puta Merda!
Passáros voando e cantarolando,
Quem disse que pássaro canta?
Apenas davam um piado inumano,
Algo típico de um final de semana.
Em meio àquela movimentação,
Passou despercebido o choro de um rapaz,
Uma garota partiu seu coração,
Era sua primeira decepção amorosa, terrível azar.
O mais magnífico nisso tudo,
Foi um novo broto que crescia,
Indiferente a todo aquele absurdo,
Desenvolvendo-se com total apatia.