SÚPLICA DE UM POETA

Deixo no tempo as nuanças

Da minha ousadia póetica:

Meus versos líricos e odes

Espelhando a minha alma em construtos

Que a solidão apetece!

Busquei nas flores campestres,

Nos sorrisos inocentes,

No rito harmonioso da natureza

E nos amores transitórios e eternos,

A inspiração desejada

Para os meus versos etéreos!

Na brevidade do tempo

Que a tudo transmuda,

Quando eu me tornar solitário

Com minhas obras esquecidas:

Oh, Deus! Retorna este poeta

Para o infinito do teu céu!

E assim, unificado com a natureza

- liberto e decantado no espaço -,

Serei parte da poesia em lastro

Que o tempo jamais ruirá

No ritual do seu compasso.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 19/02/2011
Reeditado em 19/02/2011
Código do texto: T2800924
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.