SÚPLICA DE UM POETA
Deixo no tempo as nuanças
Da minha ousadia póetica:
Meus versos líricos e odes
Espelhando a minha alma em construtos
Que a solidão apetece!
Busquei nas flores campestres,
Nos sorrisos inocentes,
No rito harmonioso da natureza
E nos amores transitórios e eternos,
A inspiração desejada
Para os meus versos etéreos!
Na brevidade do tempo
Que a tudo transmuda,
Quando eu me tornar solitário
Com minhas obras esquecidas:
Oh, Deus! Retorna este poeta
Para o infinito do teu céu!
E assim, unificado com a natureza
- liberto e decantado no espaço -,
Serei parte da poesia em lastro
Que o tempo jamais ruirá
No ritual do seu compasso.