Criatura Poesia
À Mari
Nem sempre o que escrevo tem sentido
Nem sempre quando eu choro é de dor
O que busco sei que sempre é perdido
Nem sempre do meu cerne vaza amor
Nem sempre, porém, sou só amargura,
Às vezes sou aéreo, esquecido condor
Nasci para ser, para passar despercebido,
Um entre, nem deus, nem diabo, Criatura
Poesia em turbilhões de alta temperatura