POEMA EM LINHA

Urdo versos como quem tece

filigranas.

Levanto meu punho ao ar em

favor dos injustiçados.

Choro se vejo uma criança sofrer

na sua macia infância.

Rio-me de mim próprio nos espelhos

da vaidade.

Sou este e o outro e as demais

pessoas.

A liberdade é aquilo porque luto

em cada estrofe minha.

Colho dos amigos o fruto generoso

e altruísta.

Dou sem esperar nada em troca

basta-me um sorriso.

O passado ficou lá atrás e vivo o

presente como quem respira.

Não tenho saudades nem recordações

vivo no agora.

Amo as coisas até que doa e fique

gravado na memória.

Sou o verso do meu reverso que

conservo em silêncio.

As flores e os animais também são os

meus olhos limpos de impurezas.

Tenho de minha senhora amada

a genuidade de seu amor.

E assim vou na vida esperando o

meu voo.

Jorge Humberto

22/10/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 22/10/2010
Código do texto: T2572358
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