CREPÚSCULO VESPERTINO
Na ternura do entardecer,
Alvas nuvens bailam lúdicas,
Circundando o arco-íris
Que se abre em hastes rútilas!
Em acrobáticas magias,
Os passarinhos em bandos
Principiam os seus cantos
Permeando ventanias!
As lamúrias são varridas
Para o nada – a não existência,
E redivivos sentimentos
Dão adeus aos lamentos.
Os uivos brandos dos ventos,
Transpassam jardins e cântaros,
Trazendo o perfume das flores
Na hora sacra do Ângelus!
Num aceno derradeiro,
Entre nuvens boreais,
Taciturno o sol se esvai...,
Nas veredas siderais!