CREPÚSCULO VESPERTINO

Na ternura do entardecer,

Alvas nuvens bailam lúdicas,

Circundando o arco-íris

Que se abre em hastes rútilas!

Em acrobáticas magias,

Os passarinhos em bandos

Principiam os seus cantos

Permeando ventanias!

As lamúrias são varridas

Para o nada – a não existência,

E redivivos sentimentos

Dão adeus aos lamentos.

Os uivos brandos dos ventos,

Transpassam jardins e cântaros,

Trazendo o perfume das flores

Na hora sacra do Ângelus!

Num aceno derradeiro,

Entre nuvens boreais,

Taciturno o sol se esvai...,

Nas veredas siderais!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 18/09/2010
Código do texto: T2505200
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