INFANTILIDADES

Guarda teus pensamentos para quem não te entenderá,

Só assim poderás compreender que o sol

Não dá luz, mas nós é que encandecemos o Céu

Quando espalhamos nos ventos de setembro infantilidades...

Saia dessa casa de janelas fechadas, quebre essas paredes de argila

E deixe o outro Sol que nunca se põe chegar;

Olhe que se encherás de prazer,

Nunca mais terás sede ou fome de Luz,

Fecha teus olhos e vem comigo nas ondas da infantilidade...

Amanhã já é setembro e deves ter fome de ver Otnev nos balões

Das outras vidas subir ao centro dos risos das contemplações infantis,

Vem conosco que a viagem com acompanhantes é mais feliz,

E nós, os acampantes da vida, estamos sempre sóis...

Olha que poderás ficar aí perdido nesses cálculos sem inícios,

Nós queremos sempre a vida resolvida e somada,

Vem que te esperamos todos para o festim da infantilidade:

Tarde do nada te esperaremos para a viagem sonhada,

Levas o Sören, o Kafka e Florbela — queremos que todos vivam...

MIRANIL MORAES TAVARES
Enviado por MIRANIL MORAES TAVARES em 06/09/2010
Reeditado em 06/09/2010
Código do texto: T2481314
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