INFANTILIDADES
Guarda teus pensamentos para quem não te entenderá,
Só assim poderás compreender que o sol
Não dá luz, mas nós é que encandecemos o Céu
Quando espalhamos nos ventos de setembro infantilidades...
Saia dessa casa de janelas fechadas, quebre essas paredes de argila
E deixe o outro Sol que nunca se põe chegar;
Olhe que se encherás de prazer,
Nunca mais terás sede ou fome de Luz,
Fecha teus olhos e vem comigo nas ondas da infantilidade...
Amanhã já é setembro e deves ter fome de ver Otnev nos balões
Das outras vidas subir ao centro dos risos das contemplações infantis,
Vem conosco que a viagem com acompanhantes é mais feliz,
E nós, os acampantes da vida, estamos sempre sóis...
Olha que poderás ficar aí perdido nesses cálculos sem inícios,
Nós queremos sempre a vida resolvida e somada,
Vem que te esperamos todos para o festim da infantilidade:
Tarde do nada te esperaremos para a viagem sonhada,
Levas o Sören, o Kafka e Florbela — queremos que todos vivam...