Patrícia
A noite perguntou para um bobo
“- O que te importa na vida?”
Minha voz sem curso, abalada pelo impactante rumo
Soltou a contida veracidade
“- Só desejo sem relutância, um único ser ter em meus braços
Já não permito me conter, esconder meu relato
Pois só Ela de fato me motiva a escrever.”
Noite curta
Mesmo sem razão
Ou nítida explicação
Nada importa somente Ela
Exploda-se o mundo se não a tenho
Que céus e terra colidam
Que as luzes se apaguem
E o ar acabe
Pois já não tenho um motivo
O doce virou amargo
E do fel perdi até o tato
Tudo! Perco os sentidos
À noite me olhou aparvalhada
“- Sem Ela me torno isso... Uma criatura errante
Sem caminho um tanto constante
Cego e mudo no mundo
Uma criança tola
Pagando ajoelhada uma morte viva”
Descrente, a noite corria
Ria descontroladamente
Desse condenado demente
Sem palavras citar
Passou a mão em meus cabelos
Perguntando o nome da felizarda
E eu... Envolto a essa caricia, sussurrei-lhe o nome...
“- Patrícia...”