Damas e cavalheiros aprecem-se aos seus lugares, por favor, este pequeno espetáculo está prestes a começar...
Neste picadeiro, o ar transpira sensações e você presenciará o que seus olhos querem ver e acreditar. Sou-lhes seu guia... Meus mais célebres cumprimentos a todos!! Chamo-me Dan, um mago, o louco, meio extasiado. Deste lugar não pertenço.
Com voz de triunfo os levarei a mundos fantásticos, delineados pesadamente, pois não há linha que delimite a sanidade. Tudo não passa de um conto de fadas... E o que é mais intenso e vivaz do que isso?
De lágrimas de cetim a sangue azulado, direi o que seus ouvidos jamais ouviram, mas desejavam ouvir. Sou um condenado preso nestas páginas. Perdoem-me pelo aviso, é que não aprecio gritos.
Deste lado teremos temores, urros decorados com mais pitorescos sofrimentos e escalafobéticas visões, não garanto belas criações. Não sou de formar povos, porem criaturas, de mitos passados e de pesadelos arrancados. Sou a razão do medo de cada criança.
O bicho do armário que coberto pela escuridão não é visível aos pais sem poder de imaginação, eles não confrontam o que não deixa de ser real. Sobram pros filhos à tarefa de enfrentar algo de aterrorizante discrição, batalhas duras travadas, de encontros amedrontadores, abafados por risos e gargalhadas. Tem gente que acha isso divertido...
Sou o citado em cada palavra, o protagonista dos contos, mas que prefere assistir da platéia a própria história. Não se importam não é?! Tudo aqui tem vida. Do que de mim precisam mais?
Sou o que eu mesmo ainda não sei, só imagino ser algo que um dia serei. Tenho a ponta do começo e estou aqui querendo me formar. São as essências meus caros... Aproveitem o show.