OCULTO

Sei que poemas sem nome

e rogos sem altar

são acordes de ária incompleta

e os andamentos

tropeçarão em orações hesitantes...

Conheci um palácio

de colunas majestáticas

e leões guardando templos...

Cresci convencida

que um dia tornaria-me domadora...

Ou quiçá teria asas...

Zombei de arquitetos supremos

e entre colunas, burlei uma clarabóia

com Sol de inundar

e vitral intenso perfurador...

Imaginei o eco do silêncio

que roga um beijo,

um apelo, um curvar

perante domínios de sonho!