O VAZIO DO VÁCUO

SENTADO NO MEIO-FIO,

MASTIGO O BOLO DE FEIJÃO FRIO,

SABOREIO O DIA SOMBRIO

E ENGULO MEU CORAÇÃO BRIO.

DEITADO RASANTE NA PRAÇA,

VEJO O BELO PÉ CALÇADO QUE PASSA.

ESPECULO QUE O DESTINO ME FEZ TRAPAÇA

E CONCLÚO QUE A MORTE ME PIRRAÇA.

PELEGRINANDO PELO PASSEIO;

PROCURO A SORTE QUE NÃO VEIO;

ENCONTRO O DOGMA QUE NÃO CREIO

E ESSA TRANSCEDÊNCIA QUE ODEIO.

QUE SACO!