ECOS
Ouço na quietude da alma,
Timbres e ressonâncias de
Alaridos próximos e distantes.
Entranho-me nesta sintonia
De vozes, gritos, lamúrias...
Entristeço-me com os lamentos,
Mas regozijo-me com a sinfonia
Hilariante dos pássaros
E das harpas angelicais.
As lástimas trazem à luz,
Lembranças de chibatadas e gólgotas.
Enquanto os cânticos serenos
Afloram mimos formosos!
Os alaridos dissipam-se
No crepúsculo do entardecer,
Quando os sinos e as preces
Em tons de perfis poéticos
Elevam os sons para o céu!