CORSÁRIO

Sentimentos vertendo seu absinto

Nesse solitário e fugaz anoitecer

Nos pintando esse audaz sudário

Donde o corpo é seu mero render

Emoções desaparecendo na soleira

Dessa porta rendida as doces ilusões

Que hoje ardem na lareira da morte,

Denunciando a sua vazia e fria sorte!

O destino denotando sua presença,

Esbravejando a sua amarga solidão

E jorrando essa sua síngela crença

Que a cada estação deixamos de viver!

O tudo ou o nada, o mundo ou a alma,

Momentos e sentimentos esquecidos

No que hoje aparece ser o meu recinto

Por ser tudo o que simplesmente sinto!

A liberdade corsária em sua mais síngela verdade!

Salomé

Ess. “Marés e Desertos”

Salomé
Enviado por Salomé em 10/09/2009
Reeditado em 10/09/2009
Código do texto: T1802964
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