Fim da Tarde

Tarde leve, meditação de sons e encantos.

Olhos gozam pela pastagem remansente,

Gostam eles da tua doce aparência, paisagem,

Tão calada e grave, ninguém vê-la como sente.

Silêncio que convida a dormência noturna,

Murmúrios entre estrelas e folhagem.

Águas tardam a sepultar o sol...

Nuvens tingem o azul do céu, imagem.

Fim do dia, o pôr do sol é duro em fibras,

Prazer que embriaga anjos e seus acordes.

Estou feliz pelo frio, suor da noite...

Neblina da vida, e que amanhã eu acorde,

[Já que a manhã é, por si, secreta].

O vago perfume, espírito das flores, é

transcendência incerta em ser eterno.

Lá se vai a tarde e seus fulgores...

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Wilder Kleber Fernandes de Santana

Escritor, Poeta e Professor Paraibano

Graduado em Letras-Português pela UFPB

Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Nacional

E-mail: wildersantana92@gmail.com