Entretecidos (Dueto)

Tecidos desgastados!

Identidades rebatidas

rompem pela vida...

Dilacerados fios

roubam da tela a beleza...

Destinos entrecruzam entretecidos.

A sobrevivência tece-se de retalhos.

Velhos retalhos que resistem ao tempo!

Na promessa da vida persiste o intento

de tombar-se morto sem deitar o espírito.

A poetisa Ana Átman entretece-se aos meus versos com os seus lindíssimos fios dourados. Entretecemos poeta.

Entreteias

Parcas teias

destinam sentidos emaranhados!

Fios embrutecidos

abraçam, combalidos,

a preservação.

A lágrima que molha a alegria

cobra da teia rompida

o peso da covardia.

Olhares enternecidos,

sem promessas,

pousam gélidos

sobre a teia que agoniza.

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 07/04/2009
Reeditado em 08/04/2009
Código do texto: T1528067
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