Lúcia na Serra de Diamantina
Imagine um boato de rolar de rir
E ver, sim, árvores de tangerina
Com marmelada cascão da cor do céu
E alguém te chama do alto da serra
É Lúcia dos olhos de arco-íris
exibindo na cabeça alterosas brasilinas
Pisque e ela já se foi levando o sol
É Lúcia na Serra de Diamantina
É Lúcia na Serra de Diamantina
É Lúcia na Serra de Diamantina
Ah, sim, ela também vai para o céu
Siga-a até o córrego, vá ao Tororó
Aponte os carreteiros em cavalo-de-pau
comendo gelatinas e empadões
Sorrindo para ti, que ri boiando à deriva
Passando por flores, aquelas flores
crescidas da noite para o dia altíssimas
Passam táxis anunciando que te vão levar
E longe, já de garupa, a cabeça nas nuvens
Você está desaparecendo, um balão de ar
É Lúcia na Serra de Diamantina
É Lúcia na Serra de Diamantina
É Lúcia na Serra de Diamantina
Imagine-se no trem para Mariana
Ouro Preto e cantoria no espelho
De repente, breque de torniquete
É Lúcia com olhos cor de arco-íris
É Lúcia na Serra de Diamantina
É Lúcia na Serra de Diamantina
É Lúcia na Serra de Diamantina
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Um tributo a Lucy (1967), de Lennon e McArtney