Lúcia na Serra de Diamantina

Imagine um boato de rolar de rir

E ver, sim, árvores de tangerina

Com marmelada cascão da cor do céu

E alguém te chama do alto da serra

É Lúcia dos olhos de arco-íris

exibindo na cabeça alterosas brasilinas

Pisque e ela já se foi levando o sol

É Lúcia na Serra de Diamantina

É Lúcia na Serra de Diamantina

É Lúcia na Serra de Diamantina

Ah, sim, ela também vai para o céu

Siga-a até o córrego, vá ao Tororó

Aponte os carreteiros em cavalo-de-pau

comendo gelatinas e empadões

Sorrindo para ti, que ri boiando à deriva

Passando por flores, aquelas flores

crescidas da noite para o dia altíssimas

Passam táxis anunciando que te vão levar

E longe, já de garupa, a cabeça nas nuvens

Você está desaparecendo, um balão de ar

É Lúcia na Serra de Diamantina

É Lúcia na Serra de Diamantina

É Lúcia na Serra de Diamantina

Imagine-se no trem para Mariana

Ouro Preto e cantoria no espelho

De repente, breque de torniquete

É Lúcia com olhos cor de arco-íris

É Lúcia na Serra de Diamantina

É Lúcia na Serra de Diamantina

É Lúcia na Serra de Diamantina

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Um tributo a Lucy (1967), de Lennon e McArtney

Juli Bauer
Enviado por Juli Bauer em 24/03/2009
Código do texto: T1503252