CAMARINHAS

A chuva cai mansamente em camarinhas

como gotas de cristal; descendo ladeiras,

ultrapassa falésias e vai..., discorrendo

paciente seu encanto e seu frescor!

Mesmo fraca e vagamente, cumpre sua jornada

em silêncio, postergando as amarguras...,

o nefasto amargor de tão vastas angusturas.

Alegrando a solidão, seu labor contagiante

enternece corações, deixando saudosos aspectos

nas multidões divagantes!

Consumado o seu percurso de aquiescentes espectros,

espraia suas vertentes em suspiros de plangor

e no fundo da terra se esvai, para renascer em

plenitude insurgindo seu condão, revestida de vapor

a formar no céu azul, lindas nuvens de algodão!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 21/01/2009
Reeditado em 03/08/2010
Código do texto: T1396411
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