MINHA POESIA PERDEU A TIA
Ela morreu e eu fiquei assim, destiado.
E ela era que me ajudava a criar versos.
Ela que me incentivava a ousar no texto.
Minha tia que me chamava de sobrinho,
não era irmã nem de pai, nem de mãe.
Era uma anja que eu curtia em noites de insônia.
E por mais que eu pareça pouco sóbrio,
pouco sobrou depois da sua partida.
Nada bebo. Embevecido agora com lembrança
tão querida, trago flores pela sua partida.
Mas não choro. Apenas oro.
Pela sua alma linda esvoaçante em branco véu.
Que vive em luz.Que vive altiva lá no Céu.