SER

Não tenho medo da morte,

Pois bem sei que ela virá

Sorrateira, como sempre,

Com seu manto me afagar.

A minh’alma está serena.

O meu ser sempre será

Ínfimo, porém, eterno,

Onde o porvir me esperar.

Como as águas de um riacho

A correr por todo o tempo,

O nosso ser verdadeiro

É parte do mesmo tempo.

Embora a vida terrena

Seja uma graça bem vinda:

Não creio ter vindo do nada

E voltarei calmo ao meu ninho.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 14/07/2008
Reeditado em 30/03/2023
Código do texto: T1079962
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