fig. Masquerade, Dalva Agne Lynch, 17/10/2009
Para um Adolescente
Você está despertando - mas não, não desperte. Quisera eu
Poder mantê-lo adormecido no tempo e no espaço, adormecido
Enquanto a música do tempo continua a tocar seu ritmo desenfreado
Sua batida irrevogável, inexorável, fria, sem arrependimento.
Você, adormecido ainda - o tempo ainda não conseguindo dissuadi-lo
De simplesmente ser. Mas você despertará, criatura e criador que é
Inexoravelmente vivo. Você, cheio de sonhos ainda de seu sono abençoado
Protegido, acalentado, cercado por braços que o amam.
Quisera que você nunca despertasse para a tempestade de poeira inútil
Para o intenso sentir sem objeto que significa estarmos vivos.
Mas não - você está, agora mesmo, neste instante, enquanto escrevo
Ativamente despertando, espreguiçando seu corpo de criança
Sua mente tão velha quanto o mundo, seu coração ileso.
Como segurar você no sono, quando nem o Eterno segurou o Homem
E nem mesmo a realidade dura da terra inóspita o fez voltar-se?
Desperte pois, criança. Vista essa roupa ridícula de ser-se adulto
Sua carapuça de criatura pensante, analítica, lógica, racional.
Abrace os anos que lhe esperam, longos anos vazios, ilógicos
Irracionais. Anos de busca pelo sono do que não mais existe
E por um poder abdicado à beira do leito abandonado
Descartado com o ressonar pacífico da curta noite da inocência.
Desperte pois, amigo, amado, criança em busca do Infinito
Sem saber que o Infinito estava lá, no sono de seus sonhos já passados
No descanso dos seus minutos - que se foram.
Site oficial: http://www.dalvalynch.net
Para um Adolescente
Você está despertando - mas não, não desperte. Quisera eu
Poder mantê-lo adormecido no tempo e no espaço, adormecido
Enquanto a música do tempo continua a tocar seu ritmo desenfreado
Sua batida irrevogável, inexorável, fria, sem arrependimento.
Você, adormecido ainda - o tempo ainda não conseguindo dissuadi-lo
De simplesmente ser. Mas você despertará, criatura e criador que é
Inexoravelmente vivo. Você, cheio de sonhos ainda de seu sono abençoado
Protegido, acalentado, cercado por braços que o amam.
Quisera que você nunca despertasse para a tempestade de poeira inútil
Para o intenso sentir sem objeto que significa estarmos vivos.
Mas não - você está, agora mesmo, neste instante, enquanto escrevo
Ativamente despertando, espreguiçando seu corpo de criança
Sua mente tão velha quanto o mundo, seu coração ileso.
Como segurar você no sono, quando nem o Eterno segurou o Homem
E nem mesmo a realidade dura da terra inóspita o fez voltar-se?
Desperte pois, criança. Vista essa roupa ridícula de ser-se adulto
Sua carapuça de criatura pensante, analítica, lógica, racional.
Abrace os anos que lhe esperam, longos anos vazios, ilógicos
Irracionais. Anos de busca pelo sono do que não mais existe
E por um poder abdicado à beira do leito abandonado
Descartado com o ressonar pacífico da curta noite da inocência.
Desperte pois, amigo, amado, criança em busca do Infinito
Sem saber que o Infinito estava lá, no sono de seus sonhos já passados
No descanso dos seus minutos - que se foram.
Site oficial: http://www.dalvalynch.net