VÔO FERIDO
São leves as asas do sonho
Que voam
E se debatem sem parar
No canto, entretanto,
o colibri permanece
e espera os orvalhos
que a possante noite não sustém
E esquece...
Entra o dia triunfante
e a noite depreciada
ajusta as rotas vestes
Pobres mestres
da arte de beijar...
Dorido instante
que na memória componho
com laços e despedidas
Palavras chagadas
Asas golpeadas
É de noite, hoje...