Entre Deus e o Diabo

Podem acusar-me ... injustamente!

Meus demônios sempre buscaram conciliação...

Vôos? bem que os tentei alçar ...

Quem sabe de anjo decadente?

Mas, qual a acusação ?

 

Soprei feridas ardentes,

Acalentei sofreguidões,

Esmaguei vícios dementes,

Despertei esperanças, paixões...

 

O fogo em mim, por vez, sequer ardia,

Espalhado em labaredas calcinantes!

A espada da vingança ora bramia,

Talvez por ser diabo cadente?

 

Maldito mortal que vaga entre o santo e o profano!

Pobre anjo de poleiro !

Mísero diabo de braseiro!

Esta sina eterna de humano!

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 16/01/2008
Reeditado em 13/10/2011
Código do texto: T819004
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