Entre Deus e o Diabo
Podem acusar-me ... injustamente!
Meus demônios sempre buscaram conciliação...
Vôos? bem que os tentei alçar ...
Quem sabe de anjo decadente?
Mas, qual a acusação ?
Soprei feridas ardentes,
Acalentei sofreguidões,
Esmaguei vícios dementes,
Despertei esperanças, paixões...
O fogo em mim, por vez, sequer ardia,
Espalhado em labaredas calcinantes!
A espada da vingança ora bramia,
Talvez por ser diabo cadente?
Maldito mortal que vaga entre o santo e o profano!
Pobre anjo de poleiro !
Mísero diabo de braseiro!
Esta sina eterna de humano!