Dilúvios.
E pelas cheias das horas, eu me afundo,
E falta-me ar, a sufocar o meu mundo,
E pelas horas cheias, eu me divido,
As horas cheias enche o dia, o torna mais fecundo,
Enquanto emerjo e vejo o meu mundo corroído…
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E pela escuridão das horas, eu me deprimo,
Os frágeis ponteiros, nem servem de arrimo,
O meu mundo é inundado de falácias e desenganos,
A equilibrar-se em leitos de lamas e limos,
Onde eu e meu mundo, acumulamos nossos danos.
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Assim, inundados, meus tristes versos eu rimo,
Em poemas afogados, em textos e contextos insanos.
Nas cheias das águas purgo-me, e me redimo,
Sanando as dívidas em que, ilusionadamemte, um dia me envolvi por engano.