Pelos céus de Ibitipoca.

 

Vejo lá da janela do céu, 

Sem promoção de escarcéu, 

Beleza de quinta grandeza…

Vem envolta em fogaréu,

A plenitude cósmica, de pura realeza…

E dizem que beleza, não põe mesa, 

Mas lambuza a vida em gotas de mel…

Não se trata de uma estrela cadente, 

E sim de um ser de luz, que de repente, sente,

Poder, secretamente, se plasmar em mim…

E fica ainda mais linda e mais quente, 

Ao aportar no colo vago da gente,

Traz o amor cuidado, oleado em carmim…

Somente eu, tenho o poder de retê-la,

Somente eu, mais ninguém pode vê-la,

A mais encantadora estrela,

A precipitar do céu, direto no meu jardim… 

E vem tal e qual um orbe ardente, 

De amor acumulado, carente,

A impactar e abrir enormes crateras em mim, 

Nas ufológicas noites de Ibitipoca, 

Das cocas, rolês e paçocas 

E vermutes tintos a corar,

A palidez das doses de gim...