MEU LIVRE ARBÍTRIO
O doce vendo do escorpião
Era para todos os garotos que amei
Numa tarde de outono
Numa noite de primavera
No silêncio das mulheres
No o falar dos homens
Nas línguas que me foram sinceras
Pelo odor aromático da vida
Na guerra santa das revelações
Que me chamam pelo meu nome
No aprisco do pecado
Onde sinto-me a ovelha
Sob o signo de escorpião
Na imperfeita gratidão
Por ser eu o garoto do espelho
Da casa de vidro
Dentro de um romance molhado
De beijos em céus amarelos
E com nuvens coloridas de sal
Em tormenta, em felicidade...
O doce veneno do escorpião
Me faz sentinelas
Ou um homem cuja palavra vive
Da terra roxa
Dos pés sangrentos
Dos Beatles e John Lennon
Não me levando muito a sério
De certo, ensinando-me a poesia
Na queda, resgate, no exudus
Pelo ora pro nobis
Que goza em mim...
O dose desejo do sexo em livro.