O Ol
Devora-me por inteiro no ermo
Enquanto não vêm as deslembradas
Porque o meu sentimento está dormindo
No caminho das sombras de vento.
O pardal e a serpente no eden do esmo
Vaga pelos ares em bando de pombas
Que escondem-se da chuva molhada
Pelos compos de margaridas vermelhas.
No jardim da minha vida em pinturas
Em versos de perfume de mulher
O cheiro de alecrim com canela
Homens amamam-me suavimete.
Perguntas, onde se perguntam
Existe sempre repostas perdidas
No triste céu de pelúcia
Há um arco-íris no chão bruto.
Onde existe o infinito nos tercetos
Eu escŕevo o dia nas madrugadas
Em forma vestida até a madrugada
Me acordardar da fantasia.