Versos introspectivos
Não são só as bocas
que tem palavras amargas...
Alguns versos
também são arredios
Cheios de farpas...
Não são só as flores
Que escondem espinhos...
Muitos amores, tem esporões...
Pronto a te ferir...
No meio das sombras
Sobe os escombros
Sentimentos se escondem...
Até de mim!
Sabe aqui dentro, faz tanto frio...
Entre tantos porém, que batem a porta...
Nem para as respostas amargas,
Também abro...
Noites e dias
Para as dores buscamos soluções...
Para oque nos convém!
Em busca do disforme
Em romances de intrigas...
Quero uma briga
Quero que grite comigo!..
Que corram as lágrimas,
Que se escrevam as cartas...
Que ressalte algo além...
Pois, o ridículo usa
Cobertores de verão,
Mas, no inverno expõem
sua soberba em grandes vitrines...
E congela na escuridão!
Então...
Não me vem...
Não me pede, que te doe poesia....
Sendo que nem as flores...
Nem a mão você dá a um irmão...
Foge das flores
Finge ter amores...
Mas, pelo que sei,
É só um coração vazio...
Tentando sugar calor!..
De versos de amores,
Dividindo suas dores...
Se retorcendo em seu submundo...
Vivendo sem cores
Avesso e vapores
Até que um dia
Não acorde...