IDADE DE MINHAS PEDRAS

IDADE DE MINHAS PEDRAS

Sou planeta, sou um astro,
Ou sou apenas e até mesmo,
Um asteróide no espaço,
Como um satélite pelo ermo.

Sou como todas as rochas,
Com malocas e seus minérios,
Se escondendo ante as tochas,
Guardando todos os mistérios.

Sou aquilo que não fala,
Se me cala um impropério,
Pois minha idade é escala,
Onde eu toco algo sério.

Minha música aí exalta,
O silêncio do monastério,
Se no vácuo que se espalha,
Tudo me cala no magistério.

Que ensina o que espero,
Num saguão do Monte Olimpo,
Pois na Grécia que eu venero,
Vulcana em Marte o que eu sinto.

Se a idade de minhas pedras,
Cercam o meu labirinto,
Tão antigas como as sombras,
Que se encerram no infinito.

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