Infernos passados
E o demônio sorri com ironia
Em minha mente triste e hostil
Seu amor me entorpece e contagia
Com as pragas do ser vil.
E eu destruo meu amor com as chamas
Que meu ódio cria com fúria
Minha alma se afoga na lama
Dos cadáveres em eterna murmúria
E a liberdade se encontra no inferno
Onde bebo da fonte da poesia
O caos me é externo e interno
E me destroça com sutil agonia
Minha alma se alegra com a tristeza
De sentir o amargo do mel
Hoje vejo a feiura da beleza
De quem fez da tragédia o próprio céu.
Gabriel C. Machado
20/05/2019