O DIABO
Eu sou a serpente da terra;
Barro do oleiro derramado;
Sangue doce que embraga;
Sou o belo que clamo no deserto...
Da boca que me faz falar;
Perguntar: Quem sou eu em vós?
Veneno que te beija a boca;
Sou a metade da partícula que te engana;
Metáforas ao léu do véu cego desconhecido;
Sou o princípio do teu fim...
Oriente perdido no atlântico;
Metade a maça ludibriando;
Sou os apóstolos multiplicado;
Razão, sensibilidade e desejo.