O BOTO
Teus olhos negros me olham;
Como num bosque perdido;
Velho e delicioso o és;
Procurando por um túnel;
Onde possas nadares para relaxar;
Para depois vires em ondas;
Ao encontro do meu mar;
À beira mar...
Na praia do meu ser;
Sinto-o nadando na minha alma...
O aparecimento da dor surge;
Porque estás para me esqueceres;
Quando tu desapareceres nas águas;
Profundas do límpido rio doce;
Deixarei o encontro das águas;
Como se fora um adeus...
Por eu não ter sido teu.