O HOMEM DE CETIM

Em cada letra que move-se...

Posso sentir palavras que perpetuam-se na minh'alma nua;

Que forma frase composta em retalho;

Desfiando os novelos de lãs em moinhos;

Que cobrem minha vida com véu;

Deixando flutuar no infindo mar;

E com a gota de orvalho;

Que de leve pode oscilar;

Tornando-me um ir...nunca!

Ah! Eu sempre fui devoto das queixas, queixas...

Por sentir-me preso, na lua...

Crescente, minguante, novo ou cheia;

Tempo que agulhas costuram-me;

Para um botão em flor abrir-se;

Na constelação da vida vivida;

Revivida em cores;

Para que eu não seja o palhaço;

Sim, sou o boneco do circo!

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 03/07/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6687105
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