O HOMEM DE CETIM
Em cada letra que move-se...
Posso sentir palavras que perpetuam-se na minh'alma nua;
Que forma frase composta em retalho;
Desfiando os novelos de lãs em moinhos;
Que cobrem minha vida com véu;
Deixando flutuar no infindo mar;
E com a gota de orvalho;
Que de leve pode oscilar;
Tornando-me um ir...nunca!
Ah! Eu sempre fui devoto das queixas, queixas...
Por sentir-me preso, na lua...
Crescente, minguante, novo ou cheia;
Tempo que agulhas costuram-me;
Para um botão em flor abrir-se;
Na constelação da vida vivida;
Revivida em cores;
Para que eu não seja o palhaço;
Sim, sou o boneco do circo!