O ABRAÇO
Meu corpo é dilema, discurso, promessa para amar…
Loucura sana, insana, arte de quer bem, também, à quem?
De lá para cá…vai e vem!
Estou a esperar o cantar dos sábias, roixinois, da janela…
Meu corpo é-me agora espera, loucura de amar, ali e aqui!
Palmeiras envolvem-me, vento…
Mergulho no meu sonho, tempo de espera, esperar…
Dento de mim existe árvores…infinitas…
Cada uma delas têm um nome;
Não sei agora no momento…são árvores…
Lindas, frondosas, com galhos, folhas, rosas…
Nos troncos minha carne viva, gritante! esvaecida!
Ah! Não estou na fadiga pelo cansaço que suspiro…instigante!
Sou firme, seguro, sangue macerado com mel e mostarda, tempo!
Não falarei o mesmo para não esquecer, começo…
Apenas direi sou a carne que reveste as árvores…contra senso…céus!
Na raiz, o mundo espiritual, bom e mau! Bem e mal!
O tronco agarra-se da terra firme;
Nunca deixa de existir…porém…são árvores em mim…
Suspiram o louvor que clamo: Porquê?
Na neblina caindo sobre o existir que sou, pedidos…
Para quê? Pois não? Assim seja…louvação!
Ó, como árvores que nunca jaz no maligno, agradeço!
Faço um prese e recomeço: Dentro de mim existe árvores…
Eu me relato, traduzo-me, sinto-me, sou…
Não preciso de escoras para construir-me…caminhar…
Em meu olhar uma visão, torcida ou destorcida, vejo…
O mundo delirante neste caos, normal!
Podem atirar-me pedras, falar de mim, pensarem, eu sou…
Nada irá mudar em mim porque eu visto-me da minha essência, existo!
Ah, pessoas pífias, são o que eu não sou…
Sou a vida, respostas e perguntas, sol ardente, chamas!
Brasa ardente da guerra, luta constante, viver e reviver...
Sou e sempre serei…vida!