PASTOS DE ABSINTO
Em pastos de absinto
Anos a fio naveguei
Em pores de sóis
Perdidos no tempo
Em meio a visões
Em nuances de cores ácidas
E exércitos perfilados
Nos entremeios de milharais.
Se a bom termo
Findaram essas viagens
Se algum marujo desertor
Aportou em seguro cais
Se do paraíso perdido
Abriram-se os portais
De nada com certeza
Se pode ou deve opinar
Toda história inventada
É muito mais que lenda
É território minado
Que se pressente do outro lado
Terreno temido e ignorado
Atrás de muro carcomido e vestuto
Mas que de tão alto
Não se ousa saltar.
- por Hans Gustav Gaus,em 17/07/2018, marinheiro de araque da armada da Companhia das Índias Alucinadas, inspirado em poema de minha amiga poeta portuguesa, de Marcos de Canavazes, Rosamaria Valente Soares -.