Coisas do amor
(homenagem ao meu grande amigo Eustáquio Freire)
Tão certo amar o céu
quando o tens tão perto!
Amar fera ,e abismo
tanto gasto do peito
fúria de acalanto
pra viver,
que nasça em nós
e de desfaça,quero por nascença
apanhar de estrelas em mãos!!
Tão certo amar o céu
tantos relógios de ponteiros os comprei
nenhum instrumento de cordas vi;
Tão certo viver inferno
com alma toda em nudez,e pasmos acordes sei !!
Nada queixo,
nada quero,
nada procuro;
não germino grãos,
são sementes !
Solidão e asco
nada plantei,
nem as quero;
Só ouvi palavras rotas,
Nem um verso planar vôo!!
Agora,meu bem,digo,
cantei-te bocas e lábios,
porém preço de andança paguei!
Vida que é vida
deixa não recado;só papel de pão;
Quero descer além
da próspera margem,
quero compor ervas de mim,
e sabê-las quanto dão,
pelo roçado e pelejas de rio claro;
Quero preço de eito,
pelo menos em ramos de Alecrins!!
Quero,
nada queixo,
nada espero,
se nada der em grãos,
parto,essa é a ordem de pasto,
nada tenho
ou fiz,além de cevada,
mil maços de Alecrins!!
Porta de entrada, tola,todas deixei!!!