Epitáfio-soneto
Meus sentidos todos amarrados ao que se finda
é a liberdade do fado,enfado!
Se nos corpos temos os movimentos,
a pele nas ervas é a condição única do útero!
Qual a semente tirada do limbo
e escorre mel,como seiva ao abrir invólucro do chão;
E de todas as coisas do coração e seu baús do peito
sai estranha semente pra germinar vida e cio,de si mesmo!
Minhas mãos,estão de mãos não dadas,faz frio,cala-se;
Seu repouso de raízes enternece o ocaso,pele das manhãs,
e propositalmente aquece inigualáveis cheiros de velhos papeis;
Se fora numa outra margem,meus sentidos pediriam passagem
sem sustentos pra vínculos e vinhos,e mais condições de amor,
talvez,traria pequenos frutos e de onde eles caem,exílio e calor!!!