Céus, me cedam!
o que me seda
é a mesmice da palavra
enquanto quero (e não posso)
dizer ação.
mais que as migalhas de verso
que o vento traz
por comiseração.
e, ainda assim, a insatisfação,
eu a anseio como à chuva
-Céus, me cedam-
pra matar a sede de inspirar a VIDA
do tanto que se me excede!;
eu a quero agasalhada ao SEU seio
como quem suga o que é de direito
para abastecer o que importa
cumprir...
deixar aberta a porta.
e sair.