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"Ironia é vestir branco, pular 7 ondas e atacar religiões afro-brasileiras."

Leonardo Sakamoto. 31/12/23

 

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"Democracia não é o regime em que tudo pode. O regime em que tudo pode é a Tirania."

Reinaldo Azevedo, Primavera de 2023

 

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MÉDICOS SEM FRONTEIRAS:

ATÉ AS GUERRAS TÊM REGRAS!

 

"MSF está fazendo o máximo ao seu alcance para reduzir o sofrimento causado por essa guerra e clama, por meio de uma mobilização global, para que líderes políticos mundiais façam o seu máximo para interromper o massacre da população palestina!

 

Junte sua voz à nossa!

Pressione os líderes do Mercosul para que exijam que os ataques em Gaza PAREM AGORA!"

https://chng.it/Fy5DC4CYX6

 

 

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"Estamos vendo pela primeira vez uma guerra em que a maioria dos mortos é criança. Parem, pelo amor de Deus!"

Presidente Lula. 31/10/23

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Querida (o) progressista, querida (o) humanista...

Cobre do Supremo Tribunal Federal que diga NÃO ao Marco Temporal.

Acesse:

https://www.greenpeace.org/brasil/apoie/marco-temporal-nao/

 

 

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400 indígenas 

foram assassinados 

de 2019 até agora! 

(Marina Silva, Out. de 2022)

 

🎶"Mas quem dirá que não é mais imaginável erguer de novo das ruínas o país?"🎶

("Hino" ao Inominável)

 

 

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"A Bíblia é fonte de fé e inspiração para milhões de pessoas no mundo. Quem usa o meu nome para dizer que ela é uma piada e ofender os que acreditam nela é um canalha."

Jean Wyllys 

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Nada emburrece mais uma pessoa do que

o seu preconceito."

Reinaldo Azevedo, 19/5/22

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❤️"...E é quando canto que te defendo, e deito em tua lâmpada
um azeite que dura a treva inteira nesses tempos de cinza
em que a vigília, espada em

flama erguida como a rosa,
só poderá cessar quando outra vez, envergonhada,
regressar a aurora, que vai lavar de luz o chão amado,
e seremos de novo e simplesmente

meninos repartindo as esmeraldas. "❤️
(Thiago de Mello)

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Célia de Lima, nascida em agosto de 68, em Minas.
Bem cedo, apaixonei-me por literatura.
A poesia, eu a conheci através dos livros de Thiago de Mello.

Encantam-me os poemas que primam pela beleza ao mesmo tempo que me confrontam, instigam, pensam...  Assim também foi que me entendi com a arte de Quintana, Cecília, Pessoa, Augusto dos Anjos, Victor Hugo... e, mais tarde, Drummond, entre outros.

Da espalda de um rochedo, gota a gota
límpida fonte sobre o mar caía,
Mas, ao vê-la tombar em seu regaço:
" O que queres de mim?" O mar dizia.
Eu sou da tempestade o antro escuro;
Onde termina o céu aí começo;
Eu que nos braços toda a terra espreito,
De ti, tão pobre e vil, de ti careço?..."
No tom saudoso do quebrar das águas
Ao mar, serena, a fonte assim murmura:
"A ti, que és grande e forte, a pobre fonte
Vem dar-te o que não tens, dar-te a doçura!"

(A Fonte - Victor Hugo)


E escrevo. 
Escrever pode ser uma alegria, 
festa: 


"O quê, loucura!, aguça-me, a palavra?! 
Essa que se perfaz e se me arrisca! 
Sobem-me pelos pés as suas asas 
Mais aflitas. 
À imagem e semelhança desse Sol 
Que se alimenta do próprio percurso, 
O que me dá esse meu rouxinol! 
Alvoroço!"



Ou
pura indignação:


"Anistia
eu quero para os exploradores arrependidos
que resgatam histórias,
matando fomes, devolvendo glórias.

Anistia
eu quero para os cães assassinos,
guiados pelos seus desumanos.

Anistia
para os que furtaram pão.
E, eventuamente, doces.

Anistia
para as mulheres que só souberam amar
de menos.

Anistia
para os néscios,
os crédulos,
sem agnição.

-Para os insanos,
bárbaros,
sem compaixão,

nenhum ódio

e nenhum perdão."

(Anistia, 26/março/2020)



Sem muitas pretensões literárias, permito-me o exercício poético sem compromisso, no meu próprio tempo e vontade, assim como do meu próprio modo e verdade. A minha inspiração ou o meu motivo podem vir de qualquer sentido ou mesmo da falta dele. Posso ser a minha poesia naquele momento, ou não. Mas quando escrevo algo de cunho social, dou-me inteira, em qualquer vertente... dor, amor, ironia... 

"De resto, e por pouco,
juízes do mundo
nos salvam, aos outros;

os párias, os ímpios,
perdidos, absortos
na curva do abismo.
...
Mas tudo é pra todos!
Sem força. Só estímulo.
Agindo de fundo.

E o mundo é tão lindo,
tao findo, no fosso!
...Com o poço
     e seus hinos."


(O poço e seus hinos,
dezembro de 2018.)



Defendo que "gente é pra brilhar", qualquer que seja a sua etnia, cor, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, arte, fé (ah, e sim, fé num ideal também é fé - em muitos casos, mais viva, mais nobre, melhor!)... 

Abomino a ideia de aborto e as clínicas que lucram com ele, mas não a mãezinha deixada à própria sorte pelo julgamento de uma sociedade ainda machista, egoísta, incoerente com seu discurso cristão. Que haja mais trabalho de orientação, acolhimento, encaminhamento, ajuda. Que haja respeito.

Não aceito a pena de morte ou a “justiça com as próprias mãos”. Nem que “bandido bom é bandido morto”. Encarceramento, sim, máximo, quando couber, mas com dignidade; e com trabalho, cujos frutos custeiem as despesas e auxiliem as famílias; incomunicabilidade sempre que pertinente; educação, socialização, sim; vingança, "abate", extermínio, não, nunca.

Discursos de ódio não me assustam, mas refletem estados doentios da alma que me lembram o estágio do planeta em que vivo, e do quanto o cultivo da paz se faz necessário.


"Das velhas guerras 
de ambição e ego,
orgulho e mágoa,
não colho mais nada.
Minhas mãos,
sujas de sangue,
ainda as lavo na correnteza do rio.

Já me basta.

A transitoriedade 
do que é de matéria
eu conheço de cor,

e o que me vale 
é o que me torna melhor
pelo caminho infindo das eras."


(Célia de Lima,
O que me vale)



Fascismo (Extrema-direita, Itália), Nazismo (Extrema-direita, Alemanha) e o "socialismo real" (versão deturpada e autoritária do marxismo) instaurado na União Soviética foram regimes de governo que, cada um a seu modo, causaram muita dor ao mundo. O que eu entendo como o posicionamento mais à esquerda, dos que procuram proteger o trabalhador da exploração, dentro dos parâmetros da justiça; dos que perderam a vida ou tiveram a sua carne ferida por lutarem por ideais justos, em defesa de um ou de muitos que não podiam lutar sozinhos; dos que entendem ser possível e necessário diminuir as desigualdades raciais e socioeconômicas, inclusive por meio de ações pontuais que ajudem a corrigir erros históricos; dos que se preocupam com o meio ambiente, com os direitos e o bem estar dos povos indígenas, e defendem as riquezas da terra frente a interesses inescrupulosos, individuais  (e individualistas); dos que defendem a diversidade, com a naturalidade, o orgulho e a paz de quem entendeu o propósito da vida; dos que, em tantos setores da vida se empenham, movidos pelo dever social que chamaram para si; esse, que muitos homens e mulheres não-perfeitos, mas de espírito democrático e consciência humanitária já começaram a construir hoje, esse eu acredito que seja o Amanhã.
(Setembro de 2018)


“Um segundo de cada vez,
e a noite de algum abrigo.
Um passo
por dois, por três
olhares desconhecidos.
 
Sobre as chagas velhas,
meio a novos riscos.
Onde um vestido mais roto

ou um copo colado ao corpo
e ao gemido.
 
No passo de cada esquina,
um pedido
pra não ser um grito morto,
abafado ao tempo frio.
 
No tempo de cada esquina,
um rosto, um mundo, um aviso:
 
(Qualquer que amanheça,
vencido na pele,
acorde os sentidos.)”


Celia de Lima,
No passo de cada esquina


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Meu primeiro livro, Asas Mínimas, reúne poemas-pensamento escritos ao longo de um interminável exercício de autoconhecimento e busca da conexão com o divino. É, antes de tudo, um canto de amor à vida.


"Implica-me nos rios que correm
e nas folhas que morrem
às raízes.
Implica meus olhos, mãos
e pautas,
a minha voz suaviza
para que eu ouça à alma
do que não se explica.
 
Simples,
eu possa estender-me
aonde os rios correm,
aonde as folhas morrem,
na autoridade da vida."


(Seiva, Célia de Lima)



(Não tenho "guias de conduta" na Terra.

Minha bússola é Jesus.)