NO FUNDO DO POÇO
O monte de osso
Observava o abismo
Como um lindo diamante
Um lirismo.
Achando-se o rei
Jogou-se então
Em busca da jóia
Na imensa escuridão.
O amante
Sem nunca ter sido
Viajava em vão
Ao sonho perdido.
Amou o presente
Chorou o porvir
A carne criou
O homem a surgir.
Do fundo do poço
Saíste com vida
Uma parte vive aqui
Outra parte inibida.
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
19/07/1998
Loanda – Paraná