NO FUNDO DO POÇO

O monte de osso

Observava o abismo

Como um lindo diamante

Um lirismo.

Achando-se o rei

Jogou-se então

Em busca da jóia

Na imensa escuridão.

O amante

Sem nunca ter sido

Viajava em vão

Ao sonho perdido.

Amou o presente

Chorou o porvir

A carne criou

O homem a surgir.

Do fundo do poço

Saíste com vida

Uma parte vive aqui

Outra parte inibida.

OSIASTE TERTULIANO DE BRITO

19/07/1998

Loanda – Paraná

Osiaste Tertuliano de Brito
Enviado por Osiaste Tertuliano de Brito em 11/05/2017
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