PRAZERES DA CARNE

Uma idéia impenitente

Em trânsito pela tela mental

Contempla com desconfiança

O aviso luminoso

Que diz ser proibido

O acesso ao paraíso

Pela porta dos fundos.

Afinal, os prazeres da carne

Com o preço em alta nos açougues

Andam pela hora da morte

Devido a necessidade premente

De escapar das estradas bêbadas

Que conduzem a derrapagens

De consequências imprevisíveis.

Feito o impasse enovelado

Remédio é adquirir um passaporte

Nas vielas do mercado negro

Iludindo a atenção do guarda da esquina

E ignorando o publico que apupa e assovia

Viajar na calada da noite

Até um destino que não se sabe onde. . .

- por Hans Gustav Gaus, almirante holandês da esquadra de Maurício de Nassau, corsário nas horas vagas, heterônimo de JL Semeador de Poesias, em 04/06/2016 -