PESADELO

Bom dia, diz a escuridåo das 7h.

Então acordo os números e os reconto em busca da falta que

Prepara um outro momento,

quase um ríctus.

O café, posto à mesa, busca uma boca para amargar.

Cheira a torrada negra

nas garras da grelha do aparelho.

Mesa posta,

sentam-se os fantasmas

que fazem a noite continuar sem fim.

Um ri, um chora, um gasta a hora

No rosto de desgosto.

No coro do roer,

Um ri escandalosamente,

Mas um e cada um mente.

Devoram-se os restos do passado.

Todos de sapatos de sola suja e gasta.

Mas há muito a caminhar

E o caminho pede a busca

Louca, escura,

Tudo....menos impura.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 23/05/2016
Reeditado em 23/05/2016
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