E se o sol não sair amanhã,
as plantas murcharem de vez.
o escuro invadir sua alma,
amanhã não acordar outra
vez.

o tempo parar um instante,
os relógios, as horas avessas,
os ponteiros andares mais lentos,
a morte pregar um peça.
a caso perder a cabeça,
antes que o dia aconteça,

o sol não sair amanhã,
as águas dos rios secarem,
as lágrimas dos olhos rolarem,
seu sangue petrificar,
além das nuvens,
para sempre se esqueça.

os amores do mundo acabarem,
sem as flores homenagearem,
a moça, em criança as dores de parto,
foi sangue vermelho, foi vida,
foi velho, um dia, um conselho

o solo abrirem em covas,
em sono cair sensatez,
se em alivio em noites eternas,
em auroras fagueiras,
e não sentires seus passos,
em caminhos seguirem em eiras...

as posses que tinhas acabou,
na laje fria a baixo o concreto,
tudo se perpetuou.

Antonio Herrero Portilho/22/01/2016.


 
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 22/01/2016
Reeditado em 28/03/2017
Código do texto: T5519226
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