FLAMEJANTE DOIDICE

Acendeu-se um archote de luz

Na inconstância plena da sanidade

O arauto sibilou a trombeta ante a cruz

Despertando mensageiro que a terra invade

Vai ele, incauto, sem fazer estrondoso alarde

Buscar o lume da estrela que o seduz

A chama da paixão, no peito ainda arde

Como loucura explícita na face do andaluz

Amor, fogo que consome, apaga-se tarde

Ensandecendo a quem em si o introduz