" ACONCHEGO"
Rosto ovalado, os lisos cabelos sorrindo ao som da rósea neve...
Cólicas, febres, falta de ar e sofrimentos gástricos...
Aquarelados dias infantis...
Onde se rivalizavam tenazes a euforia e a tristeza...
A felicidade se fazendo de rogada...
E se materializando no tremular verde bandeira
Dos olhos da mulher menina, de longas e loiras madeixas, da angelical e [verdadeira santa!
Minha idolatrada mãe!
Que fez de seu coração meu perpétuo asilo...
Inebriante voz a modular minha alma...
Desterrado espírito a idealizar mais uma tentativa de evolução!
O que fizemos, pois de nossos sonhos?
Acastelamos, torturamos, aprisionamos vontades e desejos...
Felizes horas adiamos... A viver sob o martírio das pedras a ferir nossos [pés...
Ouçamos, pois o clamor das matas, a canção das águas, a oração dos [pássaros!
E voltemos ao interior!
Lá quimeras não vegetam!
Multiplicam-se soberanas, prazerosas e confiantes...
Que a odisseia dos anos nos envolva
E que o solo de nossa mãe gentil...
Converta nossos desenganos em pomos dourados de vitalícia alegria!
Dedicado à minha mãe Yvonne F. Rocha Garcia... Sem ela nada em minha vida se teria concretizado...