SONETO À INSANIDADE

Um mosquito incomoda muita gente

Mas um poeta incomoda muito mais

Uma chuvinha é muito importante

Mais um belo poeminha é demais

Um brinquedinho agrada o infante

Mas um poeta não vive entre normais

As letrinhas serão tortas doravante

Porque os gatinhos serão papais

Lá na serrinha tem um pé de abricó

Que há de frutificar no doce inverno

Quero mais o carinho da minha vovó

Quem espera sempre alcança ser feliz

Mesmo descendo as profundas no inferno

Faço nesta vida o que sempre eu quis