A CIDADE EMBRIAGADA

A cidade embriagada

Desfazia-se em luzes;

Na mais etílica madrugada

Alguém gritou: - cruzes!

Os postes dançavam rock

Casas plantavam bananeiras

Uma velhinha, em choque

Pedia: - quero meus sais. . .

Nada parecido com antes;

Fez-se, no delírio, o inusitado:

Girafas com trombas de elefantes,

Ruas desmaiadas pelas esquinas,

Um semáforo, na sarjeta, caído,

Declamava poesias obscenas. . .

- por JL Semeador de Poesias, no amanhecer de 02/10/2014 -