Vaguidade

Há uma visita indesejada em

meus pensamentos.

Quase uma ironia alegre

e dançante. Que enfeita-se,

com a minha própria lucidez.

Atiro-me então no penhasco

dos lúdicos e pensadores.

Quero espatifar-me no leito

da dor de pensar. Abstrair a consciência

inconsciente e afundar-me na meditação

gloriosa e persuasiva.

Vago sem menos perceber

e uma platéia alucinada

me aplaude por mil anos.

Eu atuo e todos realizam

os meus desejos, os meus defeitos.

Eu sou a cega persuasão.

Na sombra dos meus atos

então descanso. Preciso adormecer,

descansar nessa essência ludibriada.

Esquecer-me.

Duino Shackal
Enviado por Duino Shackal em 13/12/2013
Código do texto: T4609843
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