AMOR A LOUCURA
(Samuel da Mata)

Amo-te loucura minha,

Que a mim liberta, que rompe as correntes
Que me alucina, mas me faz ser gente

Que não aceita regras nem se adéqua a mandos
Que a dor não se entrega nem aceita danos

Que não venera medos nem os preconceitos
Que só obedece a alma no que lhe é direito

Que não se incomoda se é errada ou certa
Mas nada vê de longe, tudo apalpa e aperta

Que não vê o dolo em conhecer a vida
Nem aos desaforos, ampara ou abriga

Que não conhece cercas para a liberdade
Mas vive livre e plena em sua insanidade

Se alguém a condena, critica e apedreja
Não passa de escravo, a morrer de inveja
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 18/11/2013
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T4575313
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