SAPATINHOS
(Samuel da Mata)

Tantos sapatinhos vazios
Flores de amor a murchar
Humanos que em desatino
Celebram o poder de matar

Perdem seu verde-esperança
Milhões de sapatinhos de amor
Nas leis que condenam crianças
Em funestos laços de horror

Usam com cinismo e escárnio
Da reprodução o bem-fazer
Tal qual quem joga baralho
Descartam a vida de um ser

Clama e chora a natureza
Sapatos vazios a postar
Denunciando esta torpeza
Orquídeas contra o abortar
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 31/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4550694
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