Menina com uma taça na cabeça
Menina no meio do caminho
Morrendo de sede e vivendo de luz
Bebendo o sol e de noite as estrelas
Comendo a aurora e chupando os dedos com gula
É chegada a hora da festa
E então se veste maltrapilho cobrindo somente a inocência
E deixando as vistas uma alma menina pequena
Deram-lhe uma taça e nem um pouco de vinho
Mas vinha pela estrada a caminho de volta pra casa
Com a taça cheia de livros
Debulhando com os dedos as palavras
E vez por outra joga um bom bocado na boca
Mastiga e mastiga e então ressurge nos olhos
Um novo sabor de uma velha esperança