Refeição Aos Porcos

Eu me sobro como as fezes do seu orgulho

Sou mistura do curtume. A sobra pútrida

dos seus desejos.

Eu estou vomitando em silêncio às

minhas vísceras apodrecidas pela

sua presença.

E você me cuspe no rosto como uma

imunda punição.

O meu ódio é um misto de tolerâncias descartáveis

e orgasmos de intensas dores. Enquanto a minha vã moral

se dilui na poça fétida dos "dignos" alheios.

Os meus pés somem no lamaçal ordinário de sua alma. E um incessante

coral de grunhidos emergem da curva escura

dos seus conceitos morais.

Ouço sua voz a misturar-se aos grunhidos. E gargalhadas altas e profanas riem em puro desprezo.

Você grita meu nome ao povo...

E logo percebo, que serei

a refeição aos porcos.

Duino Shackal
Enviado por Duino Shackal em 22/09/2013
Reeditado em 27/09/2013
Código do texto: T4493345
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