Refeição Aos Porcos
Eu me sobro como as fezes do seu orgulho
Sou mistura do curtume. A sobra pútrida
dos seus desejos.
Eu estou vomitando em silêncio às
minhas vísceras apodrecidas pela
sua presença.
E você me cuspe no rosto como uma
imunda punição.
O meu ódio é um misto de tolerâncias descartáveis
e orgasmos de intensas dores. Enquanto a minha vã moral
se dilui na poça fétida dos "dignos" alheios.
Os meus pés somem no lamaçal ordinário de sua alma. E um incessante
coral de grunhidos emergem da curva escura
dos seus conceitos morais.
Ouço sua voz a misturar-se aos grunhidos. E gargalhadas altas e profanas riem em puro desprezo.
Você grita meu nome ao povo...
E logo percebo, que serei
a refeição aos porcos.